Não iria surrupiar seus carcomidos livros velhos
Não iria.
Não iria ordenar blindar seus mistérios,
Não iria.
Não iria povoar tuas esquinas de tédio,
Não iria
Nem iria fazer pilhérias com teu descrédito
Não iria.
Não te jogaria os castiçais descoloridos,
Não faria
Não desmontaria suas teses fantásticas,
Não faria
Não te maltrataria os joelhos doloridos
Não faria,
De agüentar suas permeias sarcásticas
Não faria.
Não te mal diria entre os teus.
Não diria,
Nem diria teu descaso entre os meus,
Não diria
Não diria minhas, tuas manias de Orfeu,
Não diria,
Nem desfaleceria nos braços de Morfeu.
Nem
Des
fa
le
ce
ria
Mas fui, fiz, disse e desfaleci. Que farás?
Erik Liver
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
domingo, 9 de setembro de 2007
Domingo inventado
O Sol chegou, mas não avisou
Fica só por ali espiando os acontecimentos
Nem vai nem vem
Parece pedra, vai ficar por ali, não se sabe até quando.
Hoje terá mais um domingo daqueles
Cheios de nada demais
Um dia manso, bem alheio
Sem contornos de tribunais.
Chama Tony, Renato, outros poetas da cena local,
E os agrega, todos, em sua mesa sempre fictícia
Um deles suspira e filosofa (No domingo à tarde, existe algo de expulsão do paraíso, véspera de cumprimento de sentença, arquitetura de adeus)
O outro levanta, bate palmas e pede mais uma cerveja.
Vão ficar por ali até não se sabe quando...
Fica só por ali espiando os acontecimentos
Nem vai nem vem
Parece pedra, vai ficar por ali, não se sabe até quando.
Hoje terá mais um domingo daqueles
Cheios de nada demais
Um dia manso, bem alheio
Sem contornos de tribunais.
Chama Tony, Renato, outros poetas da cena local,
E os agrega, todos, em sua mesa sempre fictícia
Um deles suspira e filosofa (No domingo à tarde, existe algo de expulsão do paraíso, véspera de cumprimento de sentença, arquitetura de adeus)
O outro levanta, bate palmas e pede mais uma cerveja.
Vão ficar por ali até não se sabe quando...
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