quarta-feira, 22 de agosto de 2007

NECESSIDADE

Antes de ser tudo em fim
A mesma dor dilacerante
Assim cravada em mim
No peito
Eu deito em colo brando
A febre em mente calma
E sinto um cheiro renascente
Vindo das entranhas
Partes
Tudo que eu sempre quis
Amar e ser banhado
Ao lado dessa arte
Partes
Do que eu não tenho
E venho sempre aqui
Deitar em colo santo
A calma que não mente
O cheiro dessa febre
Em peito que não quer mentir
E nem medir as conseqüências
Do meu auto-imploro
Do meu resistir.

Tony Borba

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